25.9.13

A primeira festa de anos

Como já foram percebendo aqui ou ali... o nascimento da M. e todo este seu (nosso!) 1º ano de vida foi de uma felicidade muito grande!
Ela é (e sim, sou suspeitíssima!) uma bebé encantadora, bem disposta, super activa, meiga e sociável.
Talvez por isso este 1º ano tenha passado a voar, de tantos bons momentos que vivemos.
E talvez por isso também nos apetecesse comemorá-lo. Lembrar tudo o que o dia 17 de Setembro de 2012 representou e festejar, festejar, festejar...

Mas além de assinalar a data com os avós (e uma das bisavós!), tios e priminhos no próprio dia, queríamos mesmo partilhar toda a felicidade de 1 ano com "aqueles" amigos.


E aí veio a 1ª dúvida: em casa ou noutro espaço?
Em casa, como moramos num apartamento, se estivesse calor (que esteve e muito!) era capaz de ser menos agradável.
Só se dividíssemos em dois dias. Um para família. Outro para amigos.
Dúvidas existenciais à parte e sentido prático em acção, vai de procurar um sítio agradável para várias faixas etárias.

Depois de muito nos informarmos e pesquisarmos, sem qualquer sombra de dúvida, decidimos-nos pelo Soundwich.

Foi a minha querida amiga R. que me falou do espaço. Fomos lá um fim-de-semana fazer um almoço tardio e ficámos rendidos ao espaço e à comida.


Nesse mesmo dia, conheci o Tó Zé e a Joana, os dois mentores deste projecto, qual deles o mais apaixonado pelo mesmo.
E, uns dias depois, numa sintonia inacreditável, estavam decididos a ementa e o espaço (sim, porque o Soundwich tem imensas alternativas e espaços diferentes. Versatilidade é o seu nome do meio!). Ah e toda a abertura deste mundo para, naquele dia, fazer do espaço o que quiséssemos. Um "pormenor" que nos fez toda a diferença!

Posto isto, e com cerca de 2 semanas de antecedência, enviámos por email os convites.
Feitos por nós. Simples. Uma brincadeira como se fosse a própria M. a convidar.
Com indicação da hora, local e do tipo de festarola que ia acontecer. Neste caso, um brunch!

E aí então começou a "trabalheira".
O mais "entre aspas" possível, porque me deu um  gozo tremendo. Tão tremendo que era menina para preparar isto todos os meses.

Mas vamos por partes:

1) o tema da festa
Quando começámos a pensar na festinha da M., a ideia inicial era um pic-nic. Idealmente no Parque da Cidade.
Mas depois "ah e tal, e se não está bom tempo?" ou "ah e tal, e se não é permitido?", entre outros, lá fomos nós à caça de um espaço.
No entanto não queríamos abdicar de todo desse universo e da descontracção inerente a um pic-nic.
Por isso, e enquanto ainda posso (tipo: este ano!), quis fugir do cor-de-rosa, das princesas e dessas "pirosadas" que a maioria das meninas adora.

Assim sendo, a escolha recaiu no party kit da Belle&Boo, à venda na Red Elephant - Party Shop, muito a lembrar-me o universo da Anita. E com alguns outros complementos à mistura.

Recomendo o mais possível. A Marta é de uma simpatia e disponibilidade inacreditáveis. Tão inacreditáveis que foi de propósito ao Mar Shopping levar-me umas coisas que, só ela reparou, não tinham vindo conforme o pedido inicial.
Offline, encontram a Red Elephant no Bazar da Cerca, na Foz.

2) o tipo de festa
Sei que hoje em dia é muito comum, eleger-se um tema e TUDO (mas tudo mesmo!) ser à  volta do mesmo. De tal forma que, apesar de visualmente irrepreensível, fica - a meu ver, claro! - de uma perfeição irritante, que em nada tem a ver com as festas de criança que tenho na minha memória de infância: menos perfeitinhas, menos visualmente apelativas se calhar, mas muito mais cheias de amor e com aquele "cosy" que só o carinho que as mães põem nas coisas traz a qualquer momento.
Por isso mesmo, foi certo e sabido que apesar dos pratos, copos e alguns pormenores serem da Belle&Boo, não íamos ter cupcakes, cakepops e bolachinhas e tudo e tudo e tudo igual e a condizer.

A ementa foi uma sugestão do Soundwich, respondendo à nossa única "exigência": tudo finger-food.
Posto isto: menos uma preocupação.
Tudo o resto:  ideias minhas.

Algumas que consegui concretizar sozinha.
Com copinhos e recipientes diversos, comprados no Ikea.

Outras para as quais precisei da ajuda e da paciência dos avós J. e C., belissimamente acompanhados pelos ti-vós R. e Z.
Obrigada!!! São os maiores. <3

Ah... optámos por um brunch, por volta das 12h, porque assim a M. já tinha feito a sua sestinha da manhã e estava bem disposta e com energia para receber todas as pessoas, todos os mimos e brincadeiras. E porque era Domingo e havia gente que ainda nesse dia regressava a Lisboa.
Mas um lanche também pode ser uma excelente opção...


3) o espaço
Dentro do Soundwich, o espaço eleito foi o recentemente inaugurado PickaPark.
Um recanto maravilhoso, num mix de espaço exterior e interior, qual deles mais cosy...
Apesar do espaço da Eira, que agora também  conta  com  o 'bery typical,  ser giríssimo e maior, achámos que se estivesse muito calor o PickaPark tornar-se-ia mais agradável e, além disso, é um espaço bem mais reservado/privado.

Como a parte interior deste espaço tem duas salas, decidi aproveitar uma para as comidas (onde também se podiam encontrar elementos do quarto da M.) e a outra transformou-se num "quarto de brincar" das crianças e num espaço de "muda fraldas" para os babies.


Grinalda Belle & Boo e Pompons da Red Elephant / Balões da Mooki
Coelhinhos Maileg da Um Quarto Meu / Letra M em tecido da Moopi / Mocho da Zara Home


Na "sala das comidas" podia também encontrar-se um candy bar, feito por mim, a pensar na perdição que os mais pequenos (e não só! Não é, S.?) têm por gomas!




4) o bolo
Como diz a minha querida S., a madrinha da M, eu às vezes tenho a mania que sou diferente. E essa mania, desta vez, foi toda para o bolo de aniversário.
Tinha visto, em tempos, no Mercadito da Carlota aqui no Porto...

 ... estes ice-cream pops da Peace of Cake
E, como toda a comida ia ser finger-food, porque não ser o bolo também?!?



Problema: não eram só meia dúzia de ice-cream pops, estávamos a falar de 60 (pois esperávamos 40 e muitos amigos!), por isso era preciso pensar num suporte. E, mais do que pensar, concretizá-lo.
Apesar de toda a simpatia, abertura às minhas ideias malucas e disponibilidade, a Mariana da Peace of Cake não podia ajudar com esta coisa do suporte. Motivo? O melhor de todos: estava cheiaaaaaaaaa de trabalho!
Muitas ideias depois, eis que o avô C. (é o que dá muitos anos de convivência com a avó J.!!!) teve uma ideia brilhante, não menos brilhantemente executada pela avó J.
Et voilá:

Foi "o" sucesso, este carrinho de gelados!
Não só pelo efeito surpresa, mas porque estes ice-cream pops da Peace of Cake são um piece of heaven!!!
D-E-L-I-C-I-O-S-O-S


E assim foi. Um dia para-lá-de-maravilhoso, regado com mimos mil, muitas gargalhadas e cumplicidades entre amigos e família.
Se a M. percebeu o que se passou? Não, óbvio que não.
Mas que andou o dia todo com os olhos a brilhar e um sorriso de felicidade contagiante, ai isso andou!
E isso, vale TUDO!

Podia não estar tudo a combinar, certinho-direitinho, e com ar de revista, que não estava...
Mas estava tudo, mas tudo mesmo, a rebentar de amor e carinho.





* Um agradecimento especialíssimo ao "madrinho" R. que com tanto carinho andou sempre de máquina em riste a recolher os melhores momentos. Sem ti, só nos restaria a memória! Mas assim restam-nos fotos bem giras e maravilhosas.
** Outro, aos melhores amigos do mundo Z. e M., com a sua B. querida mas querida, que vieram de propósito de Lisboa para passar este dia connosco. Priceless a vossa amizade!
*** And last but not least... os parabéns ao Soundwich, por ter um staff tão simpático, tão prestável e tão profissional. Incansáveis. "Não-chateáveis" ;).
Ah, e claro, os petiscos (dos salgados aos doces) estavam todos óptimos!

17.9.13

O recomeço com calma, muita calma


Este ano as nossas férias foram tão boas, mas tão boas, que o regresso à rotina custou ainda mais. Já há muito tempo que não tinhamos umas férias em que tudo corresse tão bem. A verdade é que os miúdos estão mais crescidos. Já fazem imensas coisas sozinhos e assim com sobra mais tempo para os graúdos lerem, passearem, descansarem, enfim, terem mesmo férias.
O único senão foi que quando chegámos não nos apetecia nada voltar ao dia-a-dia normal. Perderam-se ritmos.
Agora que já foi comprado todo o material escolar - e quando digo todo, digo sacos e sacos de material escolar - tudo etiquetado e enviado para a escola, já se pode respirar um pouco de alívio numa casa que amontoava malas por desfazer (um prolongamento para nos lembrar das férias) e pilhas de cadernos, lápis, canetas, folhas A4, livros, dicionários, cartolinas, etc...
Agora sim parece que estamos a voltar ao dia a dia.

11.9.13

Dorme dorme, meu bebé... - #2

Pois é, tudo corria maravilhoso, com cada vez mais noites de 11h e 12h seguidinhas.
Bebé feliz e tranquilo. Pais felizes, sem olheiras e todos babados com a sua "cria"...

Até que, em meados de Julho, um tornado a que deram o nome de primeira virose gastroinstestinal nos "roubou" a nossa filha...


Tinha deixado de a amamentar há cerca de 15 dias e já me tinham dito que a seguir a isso eles ficam vulneráveis, pois ficam só "por eles".
Mas para primeiro achaque, foi a verdadeira entrada triunfal neste novo (i)mundo! Com direito a petéquias (Oi? Dizem vocês. Eu  também disse!) e tudo.

Pois é, depois de uma noite de internamento no Hospital Cuf Porto (que tem umas urgências de pediatria com funcionários super mega queridos!) por uma questão de prevenção, porque ela nem 10 meses tinha ainda... eis que voltámos para casa com uma M com invólucro igual, mas o bebé que (não) dormia na cama dela, era outro, só pode!!!

Eram maratonas de 45 minutos para a adormecer (ao colo, na cama dela...), para dormir............. 30 a 45 minutos apenas. Fossem as sestas de dia, fosse durante a noite!


Se leram o post anterior, lembram-se que nem nos primeiros dias de vida dela passámos por semelhante tormenta. Por isso, confesso-vos que tivemos alguma dificuldade em lidar com a coisa.
E noites para aprender a gerir com isto não nos faltaram!
Posso-vos dizer que foram mais de 3 semanas a dormir em suaves prestações de 45 minutos, noites inteiras, com intervalos de também 45 minutos a 1h para a adormecer pelo meio. Fantástico, não?

Sim, claro que sim. Claro que algumas noites, e contra todas as nossas convicções, cedemos e ela lá veio parar à nossa cama, onde a coisa foi... vá, ligeiramente menos má!

Até hoje, nem nós nem a pediatra percebemos que chip é que desconectou naquela cabeça. Se foi medo do hospital, se o que foi. A verdade é que ela odiava ir dormir. E estava sempre a acordar.
Ah... e "pormenor" muito importante: mal despertava, agarrava-se às grades da cama aos berros, como se lhe estivessem a fazer mal ou como se estivesse ali esquecida há meses!

Experimentámos então o Alivit Sonhos da Nutriben, experimentámos o Melamil da Milte... nada, tudo igual. Noite após noite.

Sinceramente, acho que não funcionaram porque o problema dela não era o usual. Como disse acima, parecia que o chip do sono tinha ficado alterado ou então que tinha medo de ficar ali sozinha...
N-ã-o  s-e-i!


Claro que enquanto esteve doente, e como esta virose foi das "antigas" e as diarreias e o mal-estar se prolongaram por muito tempo, tivemos sempre algum receio de forçar deixá-la a adormecer-se sozinha. Por isso foi mesmo muito duro.
Posso-vos dizer que estes momentos é que são os verdadeiros testes da maternidade! E os verdadeiros testes da capacidade dos pais (mãe e pai) conseguirem gerir a vida deles com um novo elemento, o filhote, sem que a harmonia deixe de fazer parte do dia-a-dia.

Entretanto, com ligeiras melhorias (e doses extra de amor e mimos e muita paciência nossa!), já dormia 2h, 3h, 4h seguidas... E lá fomos de férias!
Melhorou ainda mais um bocado. Passou a acordar, maioritariamente, só 1 vez. (e aí até acreditamos que tenha sido de termos dormido no mesmo quarto e ela nos sentir, naqueles despertares nocturnos em que condições normais está sozinha e se aconchega por ela e volta a dormir!) e até nos brindou umas 2 ou 3 noites (em 17!) sem interrupções.

Mas... nova virose! Em férias. (Ninguém merece, eu sei. E ela muito menos, 'tadinha!!!)
O que atrasou, um bocado, a nossa intenção de, novamente, aplicar o Método Estivill. Uma vez que, de volta ao estado saudável, era mesmo altura de a voltar a ajudar a habituar-se a adormecer sozinha novamente. Para o bem do desenvolvimento dela. E, vá, para o bem da nossa sanidade mental!

E assim foi. Uns dias depois de regressarmos a casa, mas ainda em férias (e apesar de termos uns pré-molares a romper!), lá recomeçámos...


Miminhos  e beijinhos mil (dos dois) depois... deitamo-la na cama, lengalenga habitual e lá saímos do quarto. Claro que chorou durante meia-hora. Claro que cumprimos os intervalos de tempo previstos para as visitas da praxe. E claro que em nenhuma das vezes lhe tocámos, apenas nos mostrámos e, com voz doce e calma, a tranquilizámos por palavras.
E, mais uma vez, no 2º dia, nas sestas diurnas, já ficava sem choros.
E, mais uma vez, há 3ª noite... ela lá ficou. Já sem choros também. Sem "ais" nem "uis", a noite inteira!
E, excepção feita a umas 2 ou 3 noites, tem sido assim. 10 horas, non stop, de soninho tranquilo.


A nossa baby girl VOLTOU!!! Yeeeeaaaahhhh. Hip. Hip. Hurra!

9.9.13

Dorme dorme, meu bebé... - #1

Salvo raras excepções (cólicas e dentes, essencialmente!), nunca nos pudémos queixar que a M. não nos deixava dormir.

(abro, no entanto e já aqui, um enorme parêntesis!
Para explicar a quem possa andar "grávido", mas distraído... que mesmo quando os bebés dormem bem, as noites, nos primeiros tempos de vida, não são iguais às noites "em antes"! Isto, claro, para aqueles que dormiam bem.
Por isso, vamos lá a ajustar expectativas. Vão ter o maior tesouro das vossas vidas, na vossa vida, mas essa... jamais será como dantes. Sono incluído!
E que mais não seja porque passamos a estar - acordados ou não! - em permanente estado de alerta!)

Mal viémos para casa - ao fim de 3 dias - a M. já fazia 4 horas de intervalo entre as refeições. E à noite não era excepção. Acho que não podíamos pedir mais!

Ahhhh! dica muito importante, para esta altura, e para os novatos como nós: se os vossos bebés usarem desde logo chupeta, de noite (especialmente!) apoiem-lhes a chupeta com uma fralda de pano enrolada para que se esta cair, fique ali "à boca de semear" e eles próprios consigam voltar a pô-la sem acordarem. A eles. E a vocês!
Connosco deu um resultadão!


Um mês depois, já dormia, 99% das vezes, 6h seguidas. Dava-lhe de mamar por volta da meia-noite e até às 6h da manhã, mais coisa menos coisa, só ouvíamos suspiros e ron-rons e outros sons fofos que tais!

Depois começámos a ficar mais exigentes. ;) E se fossem 7h? E se fossem 8h?
E a M, fofa que só ela, perto dos 3 meses lá nos foi começando a brindar com noites assim.
Lembro-me até de haver uma ou outra noite em que dormia tão bem que não tivemos coragem de a acordar e, mesmo sem o leitinho da noite, ela dormiu na mesma a noite toda.
(excepção feita para quando fomos a Lisboa passar o Natal, que dada a algazarra dos dias cheios de gente nova e a ausência de rotinas, voltámos a ter um bebé a acordar - muitas vezes! - de noite. Mas de regresso ao aconchego e rotinas no lar, tudo voltou, com paciência, à normalidade)

Mas depois reparámos num "problema". Criado por nós, claro está!
Na maioria das vezes - e porque amávamos dar-lhe colinho (e ainda amamos! ela é que já não deixa tanto, porque isto de gatinhar, subir escadas ou pôr-se de pé sem apoio é muito mais interessante) - que tentávamos pô-la na cama a dormir, sem o nosso colinho, lá vinha uma berraria de meia noite. E lá tínhamos nós que ficar ali a embalá-la no berço ou então... pegar nela ao colo.
E a coisa andou assim algum tempo, porque até era confortável para todos. Aquele colinho era óptimo, ela adormecia num instante... Família feliz!

Mas claramente que não fazia sentido nem era solução. Mas também claramente que no dia em que não fizemos isso, a M. não gostou e protestou, que é como quem diz, chorou, chorou, chorou, chorou...


A avó J., sempre atenta, lá foi desencantar um livro para ajudar os pais a ensinarem os filhotes a dormirem.
E que livro é esse?

O tão controverso Método Estivill!!!


Apesar de trazer um CD (para pais à beira de um ataque de nervos e que não dormem há meses e que, por isso, ler está fora de questão), deitei-me ao livro numa das sestas da M e devorei-o em menos de nada. Pareceu-me que fazia algum sentido e, com as devidas adaptações "a la mãe I e pai Mi" (que não incluíam toda a parafernália de objectos que o Dr. Estivill aconselha a usar no acto de deitar a criança e outras coisas que tais!), lá decidimos experimentar.
Como devem calcular, na primeira noite em que depois de uma "sessão" muitos beijinhos e miminhos, a deitámos na cama e lhe dissemos uma lengalenga parecida com a sugerida no livro e rodámos sobre os calcanhares e saímos do quarto, fomos brindados com um choro de meia-noite.
Bem mandados, passado 1 minuto já lá estávamos de novo com mais lengalengas (mas sem nunca lhe tocar ou pegar nela ao colo). Passados 2 mins idem aspas e assim sucessivamente, aumentando sempre o tempo que passava a cada visita ao quarto, até que, "por milagre", a M adormeceu.
Mas o verdadeiro milagre deu-se na terceira noite (sendo que a segunda já tinha tido bem menos tempo de choro!): Beijinhos e miminhos e... deitamo-la na cama, lengalenga, viemos embora e... silêncio! E mais silêncio. E silêncio até ao dia seguinte. Aliás, 8h de silêncio e paz, sem despertares nocturnos, sequer.
E depois 9h e depois 10h e depois 11h e, algumas vezes, 12h!...


(...)




NOTA:
A propósito da controvérsia à volta do Método Estivill, aproveito para esclarecer que em momento nenhum abandonámos a M a um choro compulsivo e demasiado longo. Respeitámos os intervalos propostos no livro, porque acreditámos que os mesmos eram razoáveis para ela perceber que nós estávamos ali com ela, a apoiá-la na sua nova missão, que era conseguir adormecer sozinha.
Se o método implicasse, logo à partida, deixá-la chorar sem parar (horas sem fim!) sem nunca lá ir confortá-la, dizer "estamos aqui e estamos contigo nisto", nunca na vida o teríamos implementado. Nem tão pouco, se ao fim de uma semana não registássemos qualquer evolução, teríamos continuado.
A verdade é que o (livro do) Dr. Estivill nos conseguiu convencer que, desta forma, estávamos a ajudar a amadurecer o sistema nervoso central da M. e a sua noção de objecto interno, ou seja, que mesmo quando não estávamos ali, nós não deixávamos de existir e de fazer parte da vida dela.
E a verdade é que, em momento nenhum, ela se mostrou revoltada connosco. Pelo contrário, continuava a brindar-nos com o sorriso mais lindo do mundo de manhã quando acordava. E continuou a ser uma bebé doce, calma e bem disposta.
No entanto, posso dizer-vos que também acredito que isto não serve a todos os bebés, como tudo na vida.



4.9.13

Setembro cheira, inevitavelmente, a recomeço...

Há quase dois meses que não partilho convosco um post.  :(
Primeiro foi "a" (primeira) virose. Depois foi a desorganização mental (e física!) que a mesma provocou. Depois foi o "excitex", o nervoso miudinho das primeiras férias grandes a três.
Nos entretantos, as próprias das férias grandes - que pareceram ainda mais pequeninas do que o costume! - e mais uma virose "pró saco".
E ultimamente... Bem, ultimamente e passado este tempo todo, tenho tanta mas tanta coisa que queria partilhar, que não sabia bem por onde começar.
E ainda não sei, confesso... ;)

Sempre senti que Setembro era, inevitavelmente, para toda a gente, recomeço.
Até porque ninguém aguentaria o reboliço e a excitação que Agosto traz, o ano inteiro.
E, para mim - que não sou excepção -, Setembro é isso. É encontrar paz. É reencontrarmos-nos. É redefinirmos metas, objectivos. É uma espécie de segunda oportunidade que o "o ano novo" (que já não vai, nesta altura, assim tão novo!) nos dá!

Setembro é tempo de sonhar!


Adoro o Verão. Aliás, eu sou Verão!
Mas Setembro tem aquele mix de Verão, mas já como todos os sentidos que o Outono nos desperta. Sem dúvida que as cores e os cheiros do Outono são inigualáveis.

E Setembro teve, quase há um ano, um dos recomeços, um dos reinventares mais especiais, bonitos e importantes da minha vida: o nascimento da M.

Parece que foi ontem. Mas já foi quase há 1 ano.
Parece que ainda ontem era só a I., mas já sou "a mãe", há quase 1 ano.
Parece que ainda ontem tudo isto era um sonho a concretizar, mas já passou quase 1 ano de realidade.
tenho temos quase 1 ano de histórias novas, de momentos a três, de alegrias, de lágrimas de felicidade, de incertezas, de coração apertado à mínima coisa, de coração a rebentar de alegria com um sorriso (apenas!)... de uma vida que nunca mais foi igual. Mas foi, e é, infinitamente melhor.

Foi num final de tarde de Setembro que o meu coração
 também passou a bater fora do meu corpo <3


Obrigada Setembro!
Obrigada por teres feito da minha vida um constante renascer. Um constante repensar. Para sempre!