29.12.13

Este post era sobre um fim-de-semana...

... mas vai ser sobre tudo um pouco, que nos entretantos, já muita coisa aconteceu.

Quando tentava cumprir a promessa que vos fiz, de partilhar o simples, mas maravilhoso, fim-de-semana "só nosso"... Eis que as diarreias voltaram para nos chatear!
E voltaram em força (mas pf, tentem não visualizar a coisa, OK? ;) ).
E isto tudo, a dias de irmos para Lisboa (a "terrinha" aqui da mãe I.), passar o Natal.
Não se faz...

Voltem Biogaia e Ultra-levur que estão perdoados.
Voltem arroz(es) de frango e comidas sensaboronas afins... Mas vocês não estão perdoados! Pelo menos pela M.
E uma novidade: "Mãe, vai ter de se iniciar nas colheitas de urina homemade!"
Foi a verdadeira m-a-c-a-c-a-d-a, é o que vos digo...

Primeiro porque fui a praí uma 1/2 dúzia de farmácias e sacos de colheita de urina para bebés é... mentira.
Então lá me armei em chica-esperta a achar que ia conseguir que a M. fizesse xixi para um recipiente "normal". Claro que em 3 tempos percebi que seria impossível...
Nem mesmo tendo eu levado o biberão do leite para ela beber na casa-de-banho (mais uma vez, pf, tentem não visualizar a coisa. Mas uma mãe faz tudo pelo bem-estar dos seus filhos!), enquanto esperávamos pelo tão ansiado xixi, que não passou de 3 ou 4 gotinhas. Insuficientes.

Next day, já finalmente munida de sacos próprios para o efeito, lá colocámos o dito e... biberão e... esperar e... mais esperar e... diarreia até ao pescoço. Literalmente! (mas escusam de tentar visualizar... sem interesse!)
Primeiro saco inutilizado. Vamos ao próximo...
E, a meio da tarde, lá consegui ir entregar uma colheita no laboratório, para ver se finalmente conseguíamos perceber o porquê das diarreias.
Missão cumprida! (achava eu... mas a amostra estava "contaminada", logo teríamos que repetir quando voltássemos de Lisboa)

Com tudo isto, e mais umas botas,  6f chega com:
* 3 malas por fazer
* embrulhos por acabar
* ir buscar a Bi A. ao autocarro, vinda de Bragança
* checkar 20 vezes a lista das outras coisas (entre elas, miminhos de Natal...) que queríamos levar
* e rezar muito para que as diarreias parassem asap para a M. ficar melhor e para termos uma viagem rápida e sem sobressaltos

E, para não variar - com a cumplicidade da avó H. -, às 19h estava tudo pronto e lá rumámos a Lisboa.
E com uma viagem maravilhosa, sem paragens, com a M. a dormir quase o tempo todo.

Entre dia 21 e dia 26 vivemos num mundo de mimos mil, beijinhos, abracinhos, brincadeiras, encontros e reencontros, novidades, amigos, família, comidinhas boas (e a mais!)...

A M. felicíssima da vida, a distribuir mimos e gracinhas, e os avós J. e C. a rebentar de uma felicidade que redescobrem de cada vez que estão com a sua princesinha.

Mas dia 25 ao final do dia a M. começou a ficar demasiado quente...
Apesar de bem disposta, os seus olhinhos denunciavam qualquer coisa, e mesmo não tendo ali o termómetro connosco (dia 21 a M. foi "raptada" pelos avós, e não mais dormiu connosco em casa... eheheh), achámos por bem pôr-lhe um supositório, para o que quer que fosse que estivesse ali a vir, não a impedisse de fazer um soninho bom.
E assim foi...

No entanto, acordou com quase 40º de febre!
Novo supositório. Nova naninhas. Os mesmos 40º de febre.
Almoço. Nova naninhas. Os mesmos 40º de febre.
Banho para ver se ajudava a baixar a temperatura, telefonema à pediatra e... ala para o Porto, que se faz tarde! :|

Dormiu a viagem toda, mas com muita tosse e uma respiração um pouco ofegante.
Já em casa, 39º de febre. Apesar dos supositórios de 4 em 4h...
E eu a sentir-me pouco confortável com o facto de só no dia seguinte irmos fazer colheita de urina.
E eu a sentir-me pouco confortável com a febre que não baixava.
E o meu coração de mãe a apertar, apertar, apertar...
E vai daí que liguei para a pediatra que, percebendo o meu desconforto, sugeriu que fossemos então ao hospital, para que a colheita fosse imediata e ela pudesse ser devidamente medicada e ficasse melhor rapidamente.

Como da 1ª e única vez que fomos com ela ao Hospital da Cuf, ficámos logo lá a passar a noite, acho que estávamos um bocadinho renitentes em lá voltar. Só por isso mesmo, porque o atendimento foi bom.
E... Lá acabámos no Hospital da Arrábida!
E... só posso dizer que detestámos!!!

Cada vez mais acredito que se há profissão que implica mesmo muita vocação é a medicina.
E, mais ainda, a especialidade de pediatria.
Por isso, ser recebida por uma pediatra que falou sempre connosco com ar de frete, que tratou a M. como um robot (mesmo quando, coitadinha, assustada e inebriada pela febre, chorava inconsolável), foi um murro no estômago (vazio. Que nem estivemos tempo suficiente em casa, depois da viagem, para conseguirmos jantar!).
A ajudar à festa, de serviço, uma enfermeira sem jeito nenhum. Para crianças e para... tirar sangue!
Foi um sufoco. Entre a febre que não baixava, uma M. cada vez mais inconsolável (e a quem não podíamos dar demasiado colo, pois em contacto connosco e com o calor do nosso corpo é que a febre não ia baixar mesmo...) e o tempo que nunca mais passava... lá ficámos, num cubículo, meios adormecidos. Pelo sono e pelo stress.
A febre lá cedeu ao ibuprofeno (que evitamos usar desde o episódio das petéquias!).
As análises não ditaram nada de relevante.
Diagnóstico habitual (quando não sabem o que temos...): é um síndroma vírico.
Mais pormenores, só para a semana, com o resultado da urocultura.

1h30 da manhã, e cada um mais exausto que o outro, regressámos ao aconchego da nossa casa e fomos todos dormir.

A M. ora tem  febre ora não tem. Tem uma tosse assustadora e, com ela, uma respiração similar à de um asmático. E ontem fez uma diarreia...
Brinca (pouco, para o normal dela!), está bem disposta, mas mimalha até mais não. Miss colinhos!

E o meu coração continua a ser o músculo mais exercitado do meu corpo. Desde há 15 meses para cá!
E sei bem que não me posso queixar nada, apenas estar agradecida à vida, porque a M. é uma criança bem saudável e tranquila.

Mas, a verdade, é que quando somos mães... o nosso coração aperta e palpita à mínima coisa. 
Porque eles são o nosso mundo.

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